“Chegai-vos para Deus, e ele se chegará para vós। Limpai as mãos, pecadores; e, vós de espírito vacilante, purificai os corações. Senti as vossas misérias, lamentai e chorai; torne-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.” (Tiago 4: 8-10)
A alegria ainda batia em meu coração e dançava sobre uma plataforma oca, quando repentinamente ouvi um som forte da palavra que cortou toda aquela sensação contrária à realidade desta। Pensei sobre tudo e uma tela mostrou-se em minha mente, a princípio era branca, depois tomou tons opacos e foi quando vi tudo obscuro, na realidade eu já sabia de toda obscuridade - e nada fazia para começar um novo filme, continuava com uma falsa alegria e enganoso remorso. A dor não tinha parte comigo que estava anestesiado por tanta insensibilidade ou indulgência, todavia dentro de mim começou a borbulhar um anseio ardente inexplicável, temi tamanho anelo e não entendi seu objetivo: veio a mim de forma tão brutal e quando se apresentou mostrou-se compassivo e sincero expondo com grande amor a tolerância das portas do meu coração em relação às faltas da minha alma em detrimento da verdade de Cristo.
Deparei-me agora com a verdade refutando aquele primeiro contentamento incerto, e desejei com todas as forças que em mim não houvesse alegria e sim tristeza, e que meu riso se convertesse em prantos de dor enquanto em mim não houvesse arrependimento, pois de que adiantaria toda uma vida de felicidade indeterminada, ou determinada por efemeridades, se perdido nela jamais encontrasse o que, com efeito, fosse trazer-me algo mais duradouro, ou melhor, eterno.
Então a verdade me disse:
“Humilhe-se perante O Senhor, e Ele te exaltará”
ao passo que perguntei:
“Como devo fazer?”
e mais uma palavra saiu de suas virtudes:
“admita”.
Tudo pareceu sem sentido, contudo não percebi todo o juízo, e foi aí que tudo começou a esclarecer e novos planos surgiram na tela novamente branca - planos estes outrora sonhados e já esquecidos, mas agora impresso em um coração desejoso em percorrer o caminho que em outro tempo fora abandonado ou apenas desviado por ilusório atalho, que não me colocou a frente de nenhum caminho, pelo contrário, apenas me atrasou na conclusão da missão.
Doloroso foi admitir, e abandonar todo aquele teatro de farsas que aliviavam de forma paliativa as dores inflamadas e mortais. E doloroso mais ainda foi tirar cada superficialidade das feridas e sem essa passar pela porta da verdade.
Transpus e não foi nada fácil, mas quem disse que seria fácil?
Passando da morte para vida, da escuridão para luz e da dor para cura, quantos processos passei pela verdade e ainda passo, porque a mentira e o engano ainda me rondam tentando me dissuadir, por vezes parece tão verdade que até acredito, no entanto por trás esconde-se a fraude muito bem disfarçada e imperceptível, e se não fosse à única verdade meu coração novamente seria palco de uma alegria dançando sobre uma plataforma oca!
Felipi Rodrigues
Até o nosso próximo encontro
Abraços
PAULO OLIVEIRA
0 comentários:
Postar um comentário